Os brasileiros lêem muito pouco, uma média de 1,8 livro por ano. Já os franceses lêem sete livros em média, afirma o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Vicent Defourny. Preocupada com o nível de leitura no Brasil, a Unesco escolheu o lema "Dê um livro" para marcar o Dia Mundial do Livro, comemorado nesta segunda-feira (23).
O representante da Unesco explica que 100 países comemoram o Dia Mundial do Livro, criado pela entidade em 1996. A idéia da organização, segundo Defourny, é que os países reconheçam a importância do livro na cultura, na educação e na transmissão de conhecimento.
Defourny contesta a afirmação de que no Brasil o baixo número de livros lidos se deve ao preço caro das publicações. Segundo ele, é importante que o preço permita o desenvolvimento sustentável das editoras. Por outro lado, os Ministérios da Educação e da Cultura se esforçam para colocar bibliotecas em todos os municípios. Ele lembra que todos os municípios brasileiros têm hoje um arquivo de 2 mil livros, que são de acesso gratuito.
Leia mais:
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
Olimpíadas e chuvas no Sul dominaram as buscas do Google em 2024
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
"Esse argumento do custo do livro não é argumento para não ler. Existem muitas formas de ler e muitos livros com acesso gratuito. E os que têm acesso à Internet também podem ler uma quantidade de material, de livros", diz.
Para o representante da Unesco, a situação do Brasil em relação à leitura não é boa. Segundo ele, há uma defasagem muito grande em relação aos outros países no que se refere à educação, ao analfabetismo e à leitura. "Para os países que pretendem participar de uma economia globalizada, é importante que desenvolvam sua educação, suas possibilidades de leitura, de ascender ao conhecimento". As informações são da Agência Brasil.