As buscas por sobreviventes do terremoto que destruiu a cidade de Áquila e outros 26 municípios de Abruzzo, região do centro da Itália, vão continuar até o domingo de Páscoa, por decisão do Ministério do Interior.
Embora o terremoto que provocou o desabamento de milhares de edifícios tenha ocorrido na segunda-feira, as equipes de resgate ainda têm esperança de encontrar pessoas com vida debaixo dos escombros.
Segundo a imprensa italiana, cerca de 20 pessoas estariam desaparecidas, mas a Defesa Civil não forneceu dados oficiais.
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, confirmou nesta quinta-feira que ainda há desaparecidos.
"Ha alguns poucos desaparecidos, de quem temos os nomes. Estamos perguntando a amigos e pessoas da região se têm notícias deles", disse Berlusconi a jornalistas em Roma.
Bombeiros, agentes da polícia e voluntários procuram sobreviventes com a ajuda de cães adestrados e equipamentos especiais, que permitem captar até os sons mais fracos vindos dos destroços dos edifícios.
Mais tremores
Os tremores de terra que continuam sendo registrados na região de Abruzzo dificultam as operações de resgate devido ao risco de desabamento de prédios, que em parte já foram destruídos pelo terremoto de segunda-feira.
De acordo com dados divulgados pelo departamento de sismologia da Defesa Civil, dezenas de abalos sísmicos foram registrados entre quarta e quinta-feira.
Um dos mais fortes ocorreu na madrugada desta quinta-feira, com intensidade de 5,2 graus da escala Richter. O sismo que devastou Áquila teve intensidade de 5,8 graus.
De acordo com os especialistas da Defesa Civil, os tremores estão se deslocando da região central para o norte do país.
O funeral de Estado das vítimas do terremoto vai ser realizado na Sexta-Feira Santa, declarada dia de luto nacional na Itália.
A cerimônia será realizada na praça diante da escola da polícia financeira, nos arredores de Áquila, e será transmitida ao vivo pelos principais canais de televisão da Itália.
Para a realização da cerimônia foi necessária a autorização do Vaticano, porque durante o ano litúrgico a Sexta-Feira Santa é o único dia em que não há celebração eucarística.