Cientistas americanos descobriram que a cafeína é um importante fator na redução da incidência de câncer em ratos de laboratório. Em um estudo publicado ontem no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, pesquisadores da Universidade Rutgers, de Nova Jersey, disseram que o estimulante pode reduzir em mais da metade os tumores em ratos expostos à radiação ultravioleta.
''Conseguimos entre 50 e 70 por cento de inibição de tumores na pele de ratos tratados com cafeína'', disse o doutor Allan Conney, professor de oncologia e investigação sobre leucemia da Universidade.
Para provar os efeitos da cafeína, os cientistas aplicaram altos níveis de radiação ultravioleta em 90 ratos, duas vezes ao dia durante 20 dias. Os roedores foram divididos em três grupos. Um recebeu uma solução de acetona e cafeína, outro recebeu acetona e EGCG, um estimulante similar à cafeína. O terceiro recebeu apenas acetona.
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Depois de 18 meses, todos os ratos desenvolveram tumores cancerosos. No entanto, em comparação com os roedores que só receberam acetona, o número de crescimentos malignos por rato foi reduzido em 72 por cento entre os tratados com cafeína, e em 66 por cento entre os que receberam EGCG e acetona.
Conney disse que aparentemente a cafeína protege as células da ação dos raios ultravioleta que provocam mudanças genéticas na pele e na aparição do câncer. Ele acrescentou que a cafeína atua de maneira seletiva, matando as células doentes sem afetar as normais.