O número de casos de câncer deve dobrar até 2015 nos países em desenvolvimento, quando chegará à marca de 10 milhões de pacientes, segundo uma pesquisa realizada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), organização com sede em Viena.
Segundo o oncologista Bhadrasain Vikram, do Albert Einstein College of Medicine de Nova York, a gravidade do problema ocorre porque a maioria dos casos de câncer dos países em desenvolvimento não pode ser tratada com radioterapia, devido a falta de recursos.
A pesquisa da AIEA mostra que os países em desenvolvimento contam com 85% da população mundial, mas só possuem um terço dos aparelhos de radioterapia, ou seja, aproximadamente 2.200. Já os países ricos têm 4.500 aparelhos de radioterapia, para tratar de 15% da população mundial.
Leia mais:
Em nova acusação contra Diddy, homem diz que foi drogado e estuprado em carro
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
A Etiópia, por exemplo, só dispõe de um aparelho de radioterapia para seus 60 milhões de habitantes --o qual foi doado pela AIEA.
Vikram acredita que seria necessário um investimento de US$ 2,5 bilhões nos próximos dez anos para lutar contra o câncer nos países em desenvolvimento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 6 milhões de pessoas morreram de câncer em 2000 e outros 10 milhões morrerão por causa da doença em 2020.