As seis principais centrais sindicais do país realizaram um ato público hoje (11) em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, para o lançamento da campanha nacional pela redução da jornada de trabalho, sem perdas salariais.
Segundo avaliação do comando da Polícia Militar, participaram da manifestação cerca de 500 pessoas. Durante o ato, dezenas de dirigentes sindicais se revezavam nos discursos em defesa da redução da jornada. Também foi criticada a flexibilização das relações de trabalho por meio da terceirização.
A meta dos sindicalistas é recolher de um a cinco milhões de assinaturas em todo o país até o dia 1° de maio e entregá-las ao Congresso Nacional.
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Estavam representadas a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Segundo estimativa das centrais, a diminuição da carga de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais poderá criar até 2,2 milhões de novos empregos com carteira assinada, com uma limitação legal do banco de horas nas empresas e das horas extras.
"Nós [sindicalistas] temos que superar nossas diferenças, que continuam existindo. As centrais sindicais têm concepções diferentes a respeito de fazer sindicalismo, mas na hora em que há um assunto que interessa ao conjunto geral da classe, a unidade dos trabalhadores é fundamental", afirmou Artur Henrique da Silva Santos, presidente nacional da CUT.
"Com certeza, esta unidade das centrais sindicais poderá fazer com que este movimento seja cada vez mais forte. Esta experiência, já tínhamos no passado, e estamos retomando nas ruas e nas fábricas", disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
Os dois líderes sindicais informaram que irão a Brasília ainda esta semana para conferir o envio ao Congresso Nacional da proposta de ratificação das Convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A Convenção 151 trata do direito à negociação coletiva para os servidores públicos, e a Convenção 158 proíbe que o trabalhador seja demitido por qualquer motivo, a chamada demissão sem justa causa.