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Grupo islâmico

Cerca de 70 mil curdos sírios refugiam-se na Turquia para fugir do Estado Islâmico

Agência Brasil
21 set 2014 às 16:57

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Cerca de 70 mil curdos sírios fugiram para a Turquia tentando escapar do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), anunciou hoje (21) o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

"O Acnur está reforçando os seus esforços de ajuda ao governo da Turquia para auxiliar os cerca de 70 mil sírios que fugiram para o país nas últimas 24 horas", diz a organização, em comunicado. Diz também que o "governo turco e o Acnur preparam-se para a possível chegada de centenas de milhares de refugiados nos próximos dias".

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A Turquia abriu na quarta-feira as suas fronteiras aos refugiados sírios que, na quinta-feira (18), começaram a abandonar a localidade de Ain Al Arab, cercada pelos combatentes do grupo extremista sunita EI.

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Ain Al Arab, a terceira maior cidade curda da Síria, tinha sido relativamente poupada pelo conflito e chegou a servir de abrigo a cerca de 200 mil sírios deslocados, diz a ONU. Mas o recente aumento da atividade dos jihadistas do EI e o cerco que fizeram à cidade, levou muitos moradores a fugirem, principalmente os curdos.

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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, informou que dezenas de reféns da Turquia sequestrados pelo grupo extremista Estado Islâmico em Mossul, em junho, foram libertados ontem (20) na sequência de "negociações diplomáticas", e não foi pago resgate.


"Uma troca monetária estava totalmente fora de questão. Houve apenas negociações diplomáticas e políticas. É uma vitória da diplomacia", declarou Erdogan aos jornalistas no aeroporto de Ancara, antes de partir para Nova York, onde participará da 69ª Assembleia Geral da ONU.

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No sábado, Erdogan referiu-se a uma "operação secreta" do serviço de informação turco. "Não importa se houve troca ou não. A coisa mais importante é que [os reféns] estão de volta e reunidos com as suas famílias", disse Erdogan ao ser questionado se os reféns haviam sido libertados em troca de militantes do grupo Estado Islâmico.


Os diplomatas turcos e seus familiares foram raptados no consulado do seu país, em 11 de junho em Mossul, por militantes do grupo radical islâmico Estado Islâmico, que ocupou uma vasta região do Norte do Iraque.

A Turquia tem estado relutante em participar da coligação de países, liderada pelos Estados Unidos, que estão combatendo o EI. Entretanto, Erdogan disse que o país pode mudar de posição, agora que os reféns foram libertados.


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