A primavera começa no próximo domingo, dia 23 de setembro, às 6h51 no horário de Brasília. No centro-sul do Brasil é a estação de transição entre o inverno seco e frio e o verão quente e úmido. Segundo a Climatempo Meteorologia, ao longo dos próximos três meses será comum alguns períodos secos característicos do inverno, e alguns períodos muito úmidos, característicos do verão. Já o frio, segundo o meteorologistas da empresa, não ocorre mais. A temperatura entra em gradativa elevação, as massas polares são muito fracas e a incidência de geada já é pouco provável, mesmo nas áreas muito altas da Região Sul.
Patricia Madeira, meteorologista da Climatempo, afirma que nos estados do Sudeste e do Centro-Oeste as chuvas deixam de ocorrer exclusivamente com a passagem de frentes frias, como é comum no inverno, e as regiões voltam a ter as pancadas que resultam do tempo abafado. "Embora ainda na primavera é comum dar-se o nome de "chuva de verão" a estas pancadas. Elas são rápidas, ocorrem sempre à tarde ou à noite, e são bem volumosas. Nas grandes cidades elas causam muitos transtornos, mas são necessárias para a elevação do nível das represas (que diminuem muito durante a estiagem de inverno) e para a melhoria da qualidade do ar" explica a meteorologista.
Nas regiões Norte e Nordeste, segundo Patrícia, a maior mudança durante a primavera é o aumento da umidade no Acre, em Rondônia, no sul do Amazonas e do Pará, no Tocantins, no oeste da Bahia e no sul do Maranhão e do Piauí. "As frentes frias voltam a chegar com uma certa freqüência ao norte da Bahia. Mas de Sergipe ao Rio Grande do Norte a época é de diminuição dos volumes de chuva. No sertão e no agreste a seca persiste por mais alguns meses" afirma a especialista.
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"Este ano estamos sob a influência da La Niña, o resfriamento anormal das águas do Pacífico. Ela costuma favorecer mais chuva do que o normal na região Nordeste, e seca no Sul. Mas desta vez o fenômeno é muito fraco e não vai ser determinante no clima do Brasil até dezembro" afirma Patrícia.
Para este ano, segundo ela, a previsão é de chuva abaixo da média apenas na parte oeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, no norte de Mato Grosso e de Goiás, no Distrito Federal e no centro-sul da região Norte. Especialmente a região oeste da Amazônia pode ser prejudicada pela baixa incidência de chuva, e o nível dos rios, inclusive do Rio Madeira, só deve subir a partir de dezembro, prolongando por mais dois meses a situação complicada atual, de pouca água.
Em todas as outras áreas brasileiras a previsão é de chuva normal a acima da média, o que não significa melhora no quadro de seca da maior parte do interior nordestino, já que o volume acumulado é normalmente muito pequeno. Já no sul, no centro-leste e no norte dos Estados do Sul a previsão é de grandes volumes, que devem beneficiar a agricultura local. Com relação à temperatura, a expectativa é de mais calor do que o normal em todo o País.
Sobre o Grupo Climatempo
O Grupo Climatempo é a maior empresa privada de meteorologia do país. Uma holding formada pela Climatempo Consultoria, Agência Climatempo, a TV Climatempo, a CLIMANET (Internet, serviços de tecnologia e informática) e a Climatempo Produções. Atualmente, o Grupo Climatempo fornece conteúdo para os principais portais do país, mais de 50 retransmissoras de televisão do Brasil e tem cerca de mil clientes. Os dois principais segmentos atendidos são o de agronegócios e meios de comunicação. Além destes, fornece conteúdo meteorológico estratégico para produtoras, a indústria eletroeletrônica e têxtil, comércio, moda e turismo, entre outros setores.