O código genético do fungo que causa a caspa foi descoberto por uma equipe internacional de cientistas. Segundo os especialistas, conhecer em detalhes o genoma do fungo, cujo nome científico é Malassezia globosa, pode levar a tratamentos mais eficazes para o problema. O estudo foi uma iniciativa da empresa farmacêutica Procter and Gamble.
Segundo os pesquisadores, o fungo vive na pele humana, de onde se alimenta de sebo (a secreção das glândulas sebáceas), causando coceira e a descamação. Há cerca de dez milhões desses fungos na cabeça de uma pessoa. O sebo está presente especialmente no cabelo e a pele, onde age como protetor e impermeabilizante, evitando que fiquem secos e frágeis.
Acredita-se que cerca da metade da população sofra de caspa. Os homens tendem a ser mais suscetíveis.
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Organismo simples - Os cientistas descobriram que o Malassezia globosa causa a caspa produzindo enzimas chamadas lipases.
Primeiramente, o fungo usa a lipase para modificar o sebo, criando um composto chamado ácido oléico. Este ácido penetra na camada mais exterior da pele e desencadeia uma renovação de células da pele mais rápida do que o normal. Em pessoas suscetíveis, isto causa a caspa.
Os pesquisadores descobriram que o fungo produz oito tipos de lipases, além de três fosfolipases, que usam para digerir os óleos provenientes do couro cabeludo.
Cada uma das proteínas pode, segundo os cientistas, ser um alvo para a criação de novos produtos para o combate à caspa
Os atuais xampus para tratamento ajudam a controlar as infecções pelo fungo, mas não são 100% confiáveis.
Há apenas cinco anos os cientistas descobriram que a Malassezia globosa era a causa da maioria dos casos de caspa.
As informações são da BBC Brasil.