Clérigos muçulmanos condenaram os ataques terroristas ocorridos na sexta-feira (26) na França, Tunísia e no Kuwait, que provocaram mais de 50 mortes, incluindo turistas.
A Al-Azhar, principal instituição sunita de interpretação do Alcorão, sediada no Cairo, considerou que os disparos "hediondos", que resultaram na morte de 28 pessoas – a maioria europeus – em uma estância turística na costa da Tunísia, constitui uma "violação de todas as normas religiosas e humanitárias".
Em comunicado, a instituição condena também o atentando à bomba, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), contra uma mesquita xiita, na capital do Kuwait, que resultou na morte de 25 fiéis.
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"A Al-Azhar apela à comunidade internacional para empenhar todos os esforços na luta contra esse grupo terrorista", informa comunicado da instituição sunita, referindo-se ao EI.
O grupo jihadista, que controla parte da Síria e Iraque, e tem afiliados em vários países, apelou a ataques durante o mês sagrado do Ramadã, que começou há mais de uma semana.
Um grupo de trabalho contra o extremismo, implementado pelo mufti do Egito – o académico do governo a quem é reconhecida a capacidade de interpretar a lei islâmica – também condenou os ataques. Em comunicado, o grupo externa que "o EI fez mais do que qualquer outra pessoa, islâmica ou não, para caluniar a imagem do Islã".
O proeminente clérigo sunita Youssef al-Qaradawi sugeriu que os autores dos ataques agiram pior do que "bestas". "As bestas não matam outros animais, a não ser para se alimentarem, mas há quem nunca satisfaça a sua sede por sangue", escreveu no Twitter.
As principais organizações muçulmanas na França também condenaram o atentando ocorrido na cidade de Lyon, no Leste do país, apelando à "vigilância, unidade e solidariedade".