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Indenização

Cliente ganha US$ 51 milhões por enfartar com remédio

Heloísa Prado - Bonde
17 ago 2006 às 18:16

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Um juri federal de Nova Orlea s, nos eestados Unidos, decidiu nesta quinta-feira (17), que o laboratório Merck terá que indenizar em US$ 50 milhões um ex-agente do FBI que sofreu um ataque do coração após tomar o analgésico Vioxx.

O júri concluiu que a companhia distorceu ou não revelou, "tendo pleno conhecimento", informações sobre o medicamento, o que causou o ataque em Gerald Barnett, 62 anos. Os membros do júri tiveram a opção de atribuir o erro médico à Merck e aos médicos, mas resolveram responsabilizar somente o laboratório farmacêutico.

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A ação de Barnett é uma das mais de 16 mil relacionadas ao remédio que foram abertas nos tribunais americanos. Este foi o segundo julgamento enfrentado pela Merck na esfera federal, Porém, em tribunais estaduais, a companhia já enfrentou seis processos, dois dos quais perdeu.

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O advogado de Barnett resumiu em suas conclusões que seu cliente, que teve que fazer cinco pontes de safenas após um ataque cardíaco, tomava todas a precauções para evitar um enfarte: praticava exercícios físicos regularmente, seguia uma dieta saudável e tomava remédios para diminuir o colesterol. Ele tressaltou ainda que Barnett consumiu o Vioxx durante mais de dois anos, até seu ataque cardíaco em julho do 2002, quando tinha 58 anos.

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Barnett continuou consumindo o medicamento por mais dois anos até que a Merck retirou-o do mercado, em setembro de 2004.


A farmacêutica decidiu suspender a fabricação do Vioxx depois que um estudo vinculou o remédio ao aumento dos ataques do coração e dos derrames cerebrais em pacientes que o tinham consumido durante 18 meses ou mais.


A assessoria da indústria no Brasil afirma que a Merck entrará com um recurso sobre a decisão, pois acredita que seus argumentos de defesa são corretos. Ainda segundo a assessoria, a empresa agiu de forma responsável durante a pesquisa do produto antes de sua comercialização, realizando testes com 10 mil voluntários, e retirou o remédio de mercado "por causa da ética da companhia".

Fonte: Terra


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