A promotoria federal dos Estados Unidos está investigando denúncias feitas por um ex-funcionário da Coca-Cola, que acusa a empresa de divulgar publicidade enganosa, fraudar as contas e permitir a contaminação de alguns de seus produtos.
A Coca-Cola divulgou em um comunicado que deve cooperar com as investigações.
A investigação está sendo feita pela Procuradoria de Atlanta. A comissão mobiliária americana já havia solicitado documentos para avaliar informalmente denúncias feitas pelo ex-funcionário Matthew Whitley.
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Whitley foi demitido em março junto centenas de outros colegas durante um processo de reestruturação feito pela Coca-Cola. Ele pede US$ 44,4 milhões pela demissão sem justa causa e pelos problemas que enfrentou na empresa.
O ex-funcionário alega, por exemplo, que alguns gerentes sabiam dos problemas de mal funcionamento de máquinas de bebidas e que resíduos metálicos contaminavam alguns produtos.
A Coca-Cola já admitiu que alguns empregados já agiram de má-fé três anos atrás para ganhar uma concorrência para instalar máquinas na rede de lanchonetes Burger King. Mesmo assim, a Coca-Cola nega as acusações de Whitley.
A companhia descreveu o ex-funcionário como uma pessoa que ficou desapontada com a dispensa e que está lutando para ter razão na Justiça.
O aumento do interesse da Justiça nas ações da Coca-Cola aparece em uma época em que as empresas americanas estão sob pressão dos reguladores e investidores para que se tornem mais transparentes e honestas.
A Coca-Cola também está preocupada com a situação na tentativa de recuperar sua imagem, que foi abalada em 1999, quando houve a contaminação de produtos na Europa e ações de discriminação nos Estados Unidos.
A empresa também está sendo investigada por monopolizar o mercado. Com esses problemas, as ações da companhia caíram US$ 0,25 e estão cotadas a US$ 43,76 na Bolsa de Nova York.