A suspensão do resgate de três reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) pode não significar um fracasso definitivo, mas o início de uma nova fase de negociações.
De acordo com o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, aceitou criar uma zona desmilitarizada para uma nova operação de resgate.
Uribe sempre resistiu à criação de uma zona neutra, como solicitado pelas Farc, e este tem sido um dos principais obstáculos para a evolução das negociações entre o governo colombiano e os guerrilheiros.
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Diante do fracasso da operação, a comissão de "garantes" – da qual o Brasil faz parte - propôs a criação de uma zona desmilitarizada.
"Pedimos que na retomada das iniciativas nós pudéssemos garantir que haverá uma zona desmilitarizada, onde evidentemente as Farc se abstenham de fazer qualquer tipo de ação", explicou Marco Aurélio Garcia, garantindo que o presidente colombiano aceitou a proposta.
Garcia chegou nesta terça-feira (1) da Colômbia, onde estava desde a última quinta-feira (27) participando como observador da libertação dos sequestrados.
Além dele, participavam da operação de resgate como observadores internacionais o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, e representantes do Equador, de Cuba, da Bolívia e da França.
Os reféns que seriam resgatados são a ex-candidata à vice-presidência da Colômbia Clara Roja, seqüestrada em 2002, o filho dela de três anos, nascido no cativeiro (Emmanuel), e a ex-deputada Consuelo Gonzáles, presa em 2003.
Agência Brasil