O grande problema da produção de cocaína no mundo continua sendo a Colômbia, que é responsável por 75% do volume em circulação, apesar de a produção ter diminuído sensivelmente no último ano graças à repressão ao cultivo da folha de coca, segundo o informe anual da Agência das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (ONUDC), divulgado nesta quarta-feira.
Cerca de 14 milhões de pessoas no mundo são viciadas em cocaína. Entre os três maiores fornecedores da droga, a Bolívia representa atualmente menos de um décimo da produção mundial, e o Peru conseguiu reduzir em 60% os cultivos de cocaína em relação a 1995.
Para a ONU, o grande problema continua sendo a Colômbia, onde a produção de cocaína quintuplicou entre 1993 e 1999, apesar de, em 2002, pelo segundo ano consecutivo, ter reduzido em 37%.
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Além disso, de novembro de 2001 a dezembro de 2002, a superfície cultivada com coca na Colômbia passou de 145 mil a 102 mil hectares, ou seja, houve uma redução de 30%.
No Peru, existiam ainda 52,5 mil hectares de coca no final de 2002 e, na Bolívia, depois de uma diminuição constante entre 1996 e 2000, a superfície aumentou 23% pelo segundo ano consecutivo (24,4 mil hectares).
No total, Bolívia, Peru e Colômbia conseguiram reduzir 22% do volume total de terras utilizadas para o cultivo da folha de coca. Se esta tendência for confirmada, implicará uma transformação radical do sistema da oferta mundial de cocaína.
Em todo o mundo, a superfície cultivada passou de 211 mil a 173 mil hectares no final de 2002, o que representa uma redução de 18%.
Segundo a ONU, no lado dos consumidores, o maior sinal positivo é que nos Estados Unidos, para onde se dirige a maior parte da oferta, o número de consumidores tende a estabilizar-se, principalmente entre os estudantes.
No entanto, o uso de cocaína aumenta na América do Sul e os traficantes de drogas encontraram novos mercados na Europa, onde as apreensões de droga por parte da polícia duplicaram entre 1998 e 2001.
O aumento das apreensões de maconha, de 40% entre 1998 e 2001, permite deduzir que houve um aumento do consumo e da produção dessa droga, a mais procurada no mundo.
No total, cerca de 200 milhões de pessoas consomem drogas no mundo, sendo que 163 milhões usam maconha, 34 milhões anfetaminas, 8 milhões ecstasy, 14 milhões cocaína e 15 milhões opiáceos (10 milhões usam heroína).