Washington - A nave espacial Columbia, com sete astronautas a bordo, desapareceu neste sábado, por volta do meio-dia, sobre o Texas (sul) das telas de controle da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), e por isso acredita-se que ela tenha se desintegrado durante seu processo de regresso à atmosfera.
A entrada na atmosfera terrestre estava prevista para as 9h16 locais (12h16 de Brasília), no Centro Espacial Kennedy da Flórida. O contato foi perdido às 9 horas (12 horas de Brasília). Neste momento foi ativado o ''plano de urgência''.
Imagens de passagem da nave sobre Dallas divulgadas pela CNN logo depois mostravam traços brancos, indicando que o Columbia poderia ter se desintegrado em meio ao seu processo de entrada na atmosfera. Pouco tempo depois o governo americano confirmou que não havia nenhuma possibilidade de que a nave tivesse conseguido uma aterrissagem de emergência na altitude em que se achava.
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A Nasa lançou um alerta sobre os restos do ônibus espacial que já começaram a ser encontrados por conterem substâncias tóxicas, segundo um porta-voz da agência, James Hartsfield. Também foram enviadas equipes de resgate para a região.
A missão da Columbia durou 16 dias e contou com a participação de seis astronautas americanos e um coronel da força aérea israelense, Ilan Ramon, o que teria causado preocupação por parte do governo americano na época do lançamento da nave, que temia a ocorrência de um atentado terrorista.
O presidente dos Estados Unidos George W. Bush foi informado de que não há indícios de que um ato terrorista tenha provocado a explosão. Bush deixou Camp David de manhã para voltar à Casa Branca, onde seria realizada uma reunião de emergência à tarde para discutir as possíveis causas do acidente.
O gabinete do premier Ariel Sharon divulgou um comunicado informando que o governo e o povo de Israel rezavam juntos com o restante do mundo pedindo pelos astronautas do Columbia.
Investigações da Nasa apontam que o acidente pode ter ocorrido devido a uma placa de isolamento térmico, que havia se soltado do corpo da nave, atingindo uma de suas asas. O defeitor havia sido identificado durante a decolagem, mas foi considerado irrelevante segundo os técnicos.
A tragédia remete ao acidente ocorrido em 28 de janeiro de 1986 com a nave espacial Challenger, que explodiu 73 segundos depois de seu lançamento, matando os sete astronautas americanos a bordo.