O comandante do Exército, Francisco Albuquerque, defendeu leis mais rígidas para combater o crime organizado. A argumentação aconteceu nesta quarta-feira, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
Albuquerque disse que é preciso identificar e bloquear o dinheiro utilizado pelo crime organizado para evitar o contrabando de armas e o tráfico de drogas. Segundo o general, um serviço de inteligência bem conduzido também seria uma ação para combater o crime.
O general defendeu mudanças na lei prisional e uma justiça mais ágil. Ele usou como exemplo de combate ao crime organizado o trabalho feito pelas autoridades norte-americanas contra a máfia na década de 20.
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Durante aproximadamente uma hora, o general Albuquerque falou sobre o trabalho realizado pelo Exército brasileiro e mostrou que a Amazônia é prioridade. Por esse motivo, 11,4% dos soldados do Exército estão naquela região, ou seja, 22 mil homens subordinados a 10 comandos.
Quanto às necessidades do Exército, Albuquerque disse que é preciso fortalecer as forças de ação rápidas, estratégicas e regionais, além de investir no núcleo de modernidade.
O general falou também sobre recursos para a força, salientando que o Exército precisa de R$ 3,65 bilhões neste ano para suprir as suas necessidades. Ele informou, porém, que a lei orçamentária prevê recursos de R$ 1,27 bilhão e que o crédito autorizado é de apenas R$ 968 milhões, ou seja, 26,5% do necessário para comprar munição, veículos operacionais, armamentos, combustível e a manutenção das intalações da força.