Mesmo com a presença da Polícia Militar, comerciantes da Favela do Jacarezinho e do bairro do Cachambi, na zona norte do Rio, foram obrigados a fechar as portas nesta quarta-feira. Eles tiveram de obedecer a bandidos que impuseram luto pelo traficante Waldir Ferreira, o Vado, chefe do tráfico na comunidade, morto em confronto com a polícia nesta terça-feira. Sem alunos, escolas também deixaram de funcionar.
Cento e cinquenta PMs ocuparam as principais vias de acesso ao Jacarezinho para evitar que os moradores fizessem manifestações por causa da morte de Vado, suspeito de ter ligações com o cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, e de Rodrigo Cláudio de Moraes Silva, conhecido como Macarrão, que também seria traficante local e foi morto durante o tiroteio.
Vado e Macarrão serão enterrados hoje, às 10 horas, no cemitério São João Baptista, na zona sul. Vado era co-réu no processo contra Belo - acusado de tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de armas. Conversas entre o pagodeiro e o bandido gravadas pela polícia mostram intimidade entre os dois - Belo pergunta pelos filhos do traficante, manda lembranças para amigos em comum e demonstra intenção de vistar o Jacarezinho.
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Em outros trechos, Vado pedia R$ 11 mil ao cantor para comprar cocaína. O cantor pedia em troca fuzil.
O promotor do caso, Alexandre Murilo Graça, disse ontem que a morte de Vado não muda o processo contra Belo - que já ficou preso 36 dias preventivamente.
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