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Como os pedágios urbanos podem salvar as grandes metrópoles mundiais

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
26 jul 2019 às 14:44
- Divulgação
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A era das cidades sem nenhum tipo de pedágio urbano está perto do fim. Nova York, nos Estados Unidos, está planejando colocar em vigor o primeiro sistema de cobrança do país, que deverá tarifar os motoristas que entrarem nas partes mais congestionadas de Manhattan. E a metrópole estadunidense não está sozinha: ao redor do globo pipocam ideias radicais para diminuir o volume de carros e reduzir a poluição em grandes concentrações urbanas..

Os defensores das cobranças argumentam que agora é o momento de combater o problema do trânsito de carros antes que a esperada onda de táxis robôs ganhe as ruas das grandes cidades.

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A lógica por trás das taxas de circulação é muito simples: cobrar motoristas que entrarem em partes entupidas das cidades e usar o dinheiro para expandir o sistema público de transporte, que é comprovadamente mais eficiente tanto no deslocamento de pessoas quanto para o meio ambiente. Diante de pedágios automáticos onde antes não havia o que pagar, muitos motoristas vão optar -- esperam essas políticas -- por outras formas de locomoção urbana, tornando as vias menos congestionadas, o ar mais limpo e as cidades mais habitáveis.

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Dirigir um carro nas partes mais congestionadas de Manhattan poderá custar cerca de R$ 43 (US$ 11,52), segundo uma proposta preparada pelo governador do estado, Andrew Cuomo, que pode tornar Nova York a primeira cidade dos Estados Unidos a ter um pedágio urbano. A Big Apple tem rejeitado ou ignorado versões da ideia desde a década de 1970. O novo plano envolve dois objetivos: facilitar o trânsito cotidiano de Manhattan e aumentar as receitas já falidas do sistema de metrô e ônibus da cidade.

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O valor do pedágio para caminhões seria ainda maior: R$ 95,9 (US$25,34), enquanto táxis e veículos de aluguel poderiam ter taxas entre R$ 7,5 (US$ 2) e R$ 18,9 (US$ 5) por corrida. O preço do zoneamento poderia cobrir o sul de Manhattan até a 60th Street.


Outras cidades estadunidenses têm planos parecidos -- Portland (Oregon), Seattle (Washington) e Los Angeles (California) já admitiram que querem cobrar taxas dos motoristas para melhorar seus transportes públicos. Vancouver, no Canadá, já está cobrando uma taxa de R$ 8,6 (3 dólares canadenses) de quem entra de carro nas partes centrais. Na Europa, cobranças similares já são usadas em cidades como Estocolmo, na Suécia, Londres, no Reino Unido, e Milão, na Itália.

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O momento também é crítico: apesar de promessas iniciais de que o transporte privado compartilhado levaria à diminuição de veículos nas ruas, aplicativos como o Uber e o Lyft são agora apontados como os principais responsáveis pelo aumento dos congestionamentos em grandes cidades. Fundos estatais para melhorar e expandir o sistema de transporte público foram drenados, fazendo com que os prefeitos buscassem outras formas de gerar receitas. Além disso, veículos autônomos, antes considerados uma possibilidade para diminuir as mortes no trânsito, hoje podem tornar as coisas ainda piores.


Especialistas se preocupam com a possibilidade de que táxis robôs sufoquem as estradas com "veículos sem ocupantes", circulando apenas por corridas ou transmitindo recados. Mesmo se seres humanos compartilharem esse tipo de táxi, as viagens serão tão baratas que se assemelhariam às tarifas do metrô -- fazendo com que a preferência pelo transporte privado secasse a fonte de receitas do sistema público.

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Em Nova York, o governador tomou para si uma causa que foi encabeçada pelo ex-prefeito Michael Bloomberg, em 2008, mas que encontrou resistência na época - o projeto que ele apresentou foi engavetado no parlamento estadual sem ir a votação. O atual prefeito, Bill de Blasio, disse que é a favor das taxas sobre grandes fortunas, e argumentou que os pedágios urbanos vão doer no bolso da classe média e dos pobres que vivem fora de Manhattan, mas trabalham na área central.


O projeto de Cuomo reage a essas afirmações dizendo que apenas 4% dos residentes de áreas vizinhas e que trabalham em Manhattan chegam à área em veículos, o que representa 118 mil pessoas. Deles, disse o governador, mais da metade são indivíduos de alta renda, e menos de 5 mil poderiam ser qualificados como trabalhadores pobres.


Em Paris, na França, a abordagem tem sido diferente: o movimento dos gilets jaunes ("coletes amarelos"), iniciado em novembro, em que milhares de manifestantes tomaram as ruas da capital francesa e de outras cidades contra o aumento nos impostos sobre os combustíveis, não mudou os planos das autoridades em banir os veículos mais poluentes da zona urbana parisiense. O conselho administrativo da cidade (homônimo ao parlamento municipal de uma cidade brasileira) aprovou recentemente uma lei que proíbe carros a diesel entrarem em Paris e na sua região metropolitana -- onde vivem 5 milhões de pessoas.

Os planos do conselho envolvem aumentar gradualmente as regulações até que só seja permitida a entrada de carros elétricos ou movidos a hidrogênio nas ruas de Paris até 2030. No centro da metrópole francesa, veículos fabricados antes do ano 2000 movidos a diesel já não podem circular desde 2017.


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