Um complô frustrado para atacar o principal aeroporto internacional de Nova York foi "arquitetado em casa" não estando diretamente relacionado à rede Al-Qaeda, embora a rede terrorista possa tê-lo inspirado, disse o vice-diretor do FBI, John Miller, neste domingo (03).
Seus autores não tinham "ao que saibamos, laços diretos com a Al-Qaeda", explicou o la cadena ABC el domingo.
O plano de Nova York estava supostamente ligado ao grupo radical Jamaat Al Muslimeen, descrito pela justiça americana como uma red einternacional de extremistas localizada nos Estados Unidos, Guiana e Trinidad.
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Jamaat Al Muslimeen é "um grupo que já esteve envolvido em violência, com a tomada de reféns", disse Miller.
Já as autoridades policiais de Trinidad e Tobago prenderam dois suspeitos de terrorismo e procuram outro provável envolvido com o plano que tinha como alvo o aeroporto internacional John F. Kennedy, de Nova York, havia informado o comando policial local neste sábado (02).
A polícia trinitária procura Abdel Nur, um cidadão guianense que pode estar escondido em Trinidad e Tobago, mas não se descarta que esteja em seu país.
Outros dois dos quatro suspeitos do complô em Nova York foram detidos em Trinidad e Tobago, entre eles o ex-parlamentar guianense Abdul Kadir.
Além disso, na sexta-feira, as autoridades americanas prenderam Russell Defreitas, um ex-funcionário no aeroporto JFK.
O delegado de polícia trinitário Trevor Paul confirmou a identidade dos suspeitos na tarde de sábado em Port of Spain, em uma entrevista à imprensa no departamento central de investigações.
Segundo Trevor Paul, Adel Kadir foi detido às 11 da manhã de sexta-feira, quando se preparava para tomar um vôo para a Venezuela, no aeroporto de Piarco. Já Kareem Ibrahim, um cidadão trinitário de 56 anos, foi preso no sábado logo cedo, perto de onde seria seu domicílio, Cane Farm, em Trincity, a 15 minutos do aeroporto.
A polícia de Nova York descobriu um complô de terroristas islâmicos com conexões na Guiana e em Trinidad Tobago voltado para fazer explodir prédios, tanques de combustível e sua tubulação, no aeroporto JFK de Nova York.
O plano, no entanto, não era para já: seria posto em prática nos próximos dois a três anos.
Em 2005, 350.000 aviões decolaram e pousaram no John F. Kennedy transportando 40,8 milhões de passageiros e 1,7 milhão de toneladas de carga, segundo o site oficial do aeroporto internacional .
A porta-voz da Casa Branca Jeanie Mamo disse que o presidente George W. Bush havia sido informado da operação, e que considerou o desmantelamento do complô "um bom exemplo da cooperação internacional antiterrorista".
O anúncio deste plano acontece apenas três semanas depois de as autoridades terem detido seis radicais islamitas acusados de querer atacar uma base militar em Nova Jersey.
Fonte: AFP