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Indústria de cartões

Compras com cartão no Natal podem bater recorde

Redação - Folha de Londrina
29 set 2003 às 20:09

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As empresas de cartão de crédito podem bater recorde de movimentação em dezembro. Está previsto um faturamento de R$ 9,1 bilhões, o que seria o maior valor mensal de toda a história da indústria de cartões no mercado brasileiro, com volume 15% superior ao apurado em dezembro de 2002. Se confirmado, o valor irá representar 11% da cifra anual da indústria de cartões e 1% do consumo privado do ano. Sobre novembro, a elevação prevista é de 24,5%. As previsões foram feitas pela Credicard.

O volume também deve ser o maior já verificado em um único mês: 107 milhões de transações - o que significará 42 operações por segundo. O valor médio da compra é estimado em R$ 85, também o mais alto da história.

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A empresa atribui a boa expectativa à intensificação do processo de substituição de meios de pagamento, mais do que à possibilidade de reaquecimento expressivo da demanda, explicou o vice-presidente de Marketing da Credicard, Fernando Chacon. O crescimento do setor a uma média de 18% ao mês está relacionado à troca do cheque e até do dinheiro por cartões.

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O processo de migração começou há cerca de sete anos e está em ritmo acelerado. Em 1996, as transações com cartões correspondiam a aproximadamente 5% dos cheques emitidos, participação que saltou para 32%. Embora a empresa espere um ligeiro aumento do consumo no Natal, as variações devem ser ainda tímidas.


Em dezembro, tradicionalmente, a natureza dos gastos com cartão também se altera, o que explica a elevação do tíquete médio dos atuais R$ 76 para R$ 85. Enquanto ao longo do ano o uso do cartão com vestuário e calçados responde por 16% das operações, no Natal essa relação passa para 26%. O mesmo vale para o segmento de hobbies, que saem de 2% e vão para 3%. Já o uso em supermercados e com veículos (basicamente postos de gasolina) perdem participação no volume de transações - de 26% para 23% e de 13% para 10%, respectivamente.

Chacon garantiu que as empresas do setor estão preparadas para o aumento de movimento da data. Ele acredita que eventuais dificuldades em se concluir uma transação raramente terão como causa problemas de comunicação, mas deverão estar ligadas a normas de segurança. ''Como o comportamento de compra nesta época se altera muito, às vezes pode haver demora na aprovação das operações'', disse. Segundo Chacon, atualmente 98% das operações iniciadas são concluídas.


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