Um mês de violência entre Israel e Palestna já provocou a morte de 73 palestinos e 10 israelenses, sem que os esforços internacionais tenham conseguido frear a escalada de violência, a pior desde a guerra de Gaza, em 2014.
Na última segunda (2) mesmo, ações violentas no Norte do território ocupado da Cisjordânia e nas cidades israelenses de Rishón Letzión e Natania mostram que a paz está longe e que o número de mortos e feridos não para de aumentar.
Um palestino morreu, atingido por soldados israelenses na área de fronteira de Yalame, no extremo Norte da Cisjordânia, segundo os militares, depois de ter apunhalado um de seus colegas.
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Os outros dois casos deixaram quatro israelenses feridos, três deles com gravidade, esfaqueados por palestinos em centros urbanos no sul e no norte de Telavive. Os atacantes seriam residentes dos territórios ocupados, mas a polícia não informou se estavam em Israel legal ou ilegalmente.
Mais de 150 mil palestinos trabalhavam em Israel até o dia 1º de outubro, com autorização ou sem, mas os acessos foram restringidos de forma dramática com o início da nova onda de violência, em setembro, após uma série de confrontos entre manifestantes palestinos e a polícia israelense na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém.
Lugar sagrado para judeus e muçulmanos, o controle do local sempre foi motivo de conflito entre as duas partes. Os palestinos acusam Israel de ter mudado o status quo que imperava no recinto desde 1967, algo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nega.
Apelidado pelos palestinos de "intifada de Jerusalém", o conflito já provocou dezenas de mortes e mais de 2.240 feridos, cerca de 2 mil feridos por balas disparadas pelo Exército durante os protestos, que desde então não pararam na Cisjordânia, Jerusalém e Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde, em Ramallah.
Do lado israelense o número de feridos é muito mais baixo, contabilizando-se 140 de acordo com o serviço de emergência Maguen David Adom, equivalente à Cruz Vermelha.
Os esforços de mediação, desde há duas semanas, do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e depois do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, conseguiram um acordo mínimo para a instalação de câmaras na Esplanada (ainda não instaladas), para verificar o cumprimento do status quo.