Pelo menos 173 pessoas morreram em todo o Egito durante confrontos entre forças de segurança e manifestantes nas últimas 24 horas, informou neste sábado (17), o governo local. As mortes ocorreram após simpatizantes do presidente islâmico deposto Mohammed Morsi tomarem as ruas para realizar manifestações que acabaram se transformando nas batalhas mais violentas vistas no país em mais de dois anos.
Os manifestantes prometem desafiar o estado de emergência declarado no país com novas manifestações neste sábado. Nesta manhã, forças de segurança enfrentavam um impasse com partidários de Morsi. Centenas de pessoas se refugiaram durante a madrugada na mesquita Al-Fatah e empilharam móveis na porta de entrada para evitar uma invasão policial. Após negociações, pequenos grupos deixaram a mesquita no final da manhã (pelo horário egípcio), mas acredita-se que a maioria dos manifestantes continue no local. A mesquita, localizada na Praça Ramsés, palco de alguns dos confrontos mais violentos de ontem, está sendo usada como hospital e necrotério provisórios.
Segundo a página na internet da Irmandade, Ammar, filho do líder espiritual do grupo, Mohammed Badei, foi morto nos conflitos desta sexta-feira.