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150 mortos

Copiloto da Germanwings derrubou o avião intencionalmente, confirma investigação

Agência Estado
13 mar 2016 às 12:02

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- Y.Malenfer/Ministère de l’Intérieur
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O copiloto Andreas Lubitz jogou intencionalmente o avião da Germanwings nos Alpes franceses, um incidente que matou todas as 150 pessoas que estavam a bordo do voo 9525 que viajava de Barcelona, na França, para a cidade de Duesseldorf, na Alemanha, de acordo com o relatório divulgado neste domingo por especialistas aéreos franceses. A investigação confirmou ainda que Lubitz tinha problemas psiquiátricos.

Meia hora depois da decolagem no dia 24 de março de 2015, o piloto Patrick Sondenheimer
entregou o controle do avião para Lubitz e foi ao banheiro. Quando ele voltou,
Sondenheimer encontrou a cabine trancada por dentro. Lubitz, ao que parece, tinha desativado o código de segurança, que teria permitido o piloto abrir a porta. Pouco depois, o Airbus A320 caiu perto da aldeia francesa de Le Vernet.

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Os investigadores analisaram os registros de vários médicos consultados por Andreas Lubitz nos meses anteriores à tragédia e concluíram que o copiloto sofria de "episódio psicótico depressivo". Nos meses que antecederam a tragédia, Lubitz visitou 41 médicos, principalmente especialistas oftalmológicos. Nenhum alertou que ele não poderia voar. Nem a companhia aérea, nem Andreas Lubitz sabia que os seus médicos tinham feito este diagnóstico.

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Segundo Remi Jouty, diretor da agência de investigação aérea francesa, Lubitz estava tomando antidepressivos na época do incidente e que ele tinha sido previamente tratado por causa de depressão e tendências suicidas. Ainda assim, o copiloto renovou o seu certificado para voar em novembro de 2014.

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No entanto, Jouty destacou que os médicos tinham a informação necessária para que a Germanwings e as autoridades de aviação proibissem Lubitz de voar, mas que por causa da proteção do segredo médico - principal fator de confiança dos pacientes - nada foi revelado. Em seguida, o investigador defendeu a importância de "encontrar um equilíbrio entre a confidencialidade e a segurança pública". "É uma questão global que precisa ser discutida", disse ele.


A investigação mostrou também que o piloto Patrick Sondenheime usou uma barra de ferro e um tanque de oxigênio para tentar quebrar a porta do "cockpit". De acordo com o relatório, as caixas pretas registraram várias pancadas violentas.

Diante disso, os investigadores salientaram a necessidade de novas regras relacionadas à porta da cabine, pois Lubitz conseguiu trancar o piloto para fora graças às medidas introduzidas para impedir que passageiros consigam acessar os controles de um avião.


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