A Coreia do Norte confirmou a realização de um novo teste nuclear, o terceiro na história do país. A ação recebeu críticas da Organização das Nações Unidas (ONU) e de diversos países – inclusive dos aliados Rússia e China.
Segundo comunicado divulgado ontem (11) pela a agência oficial de notícias norte-coreana, o dispositivo detonado era "pequeno e leve", porém com poder explosivo maior do que os acionados nos testes anteriores, de 2006 e 2009. Em decorrência dele, foi registrada na região uma atividade sísmica de 4,9 graus (escala Richter).
A Coreia do Norte havia anunciado em janeiro que faria o teste como resposta a sanções feitas pela ONU por ter testado em dezembro um foguete de longo alcance. A expectativa é que ainda hoje (12) o Conselho de Segurança da entidade se reúna para decidir o que fazer.
Leia mais:
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
Olimpíadas e chuvas no Sul dominaram as buscas do Google em 2024
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, expressou sua "firme oposição" à iniciativa norte-coreana e conclamou a comunidade internacional a dar uma resposta rápida e crível ao novo teste.
Aliados da Coreia do Norte, Rússia e China também criticaram os testes nucleares. "Sem dúvida, tal comportamento, que é incompatível com as normas internacionalmente aceitas, merecem condenação e reação adequada da comunidade internacional", disse um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Segundo o governo russo, os norte-coreanos manifestaram desprezo pelas decisões da ONU e ignoraram regras do direito internacional. A preocupação do país aliado é que essas movimentações representem uma desculpa para a expansão da atividade militar na península coreana.
O governo chinês, por sua vez, disse que se opõe firmemente ao teste nuclear. O Ministério das Relações Exteriores chinês reiterou compromisso do país com a desnuclearização da península e contra a proliferação nuclear, além de trabalhar para manter a paz e a estabilidade no Nordeste da Ásia.
Assim como os EUA, a China havia sido notificada com antecedência dos planos da Coreia do Norte em realizar o teste.
O governo sul-coreano também condenou o teste nuclear, e o classificou como violação das resoluções da ONU e como "ameaça inaceitável" para a paz na região.