Cientistas que estudam o Sol disseram que colunas de plasma, desprendidas pela estrela, funcionam como canos de um órgão de igreja, fazendo ressoar explosões que ocorrem na coroa solar.
A coroa é uma camada do Sol composta de plasma – uma substância superaquecida e com partículas eletricamente carregadas. As colunas são geradas pelo campo magnético da estrela.
As explosões que ocorrem na superfície solar liberam energia equivalente a de milhões de bombas de hidrogênio. O som dessas explosões causa "um efeito parecido com o de dedilhar a corda de um violão", disse o professor Robert von Fay-Siebenbuergen, diretor do Centro de Pesquisas de Física Solar e Plasma Espacial da Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha.
Leia mais:
Em nova acusação contra Diddy, homem diz que foi drogado e estuprado em carro
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
As ondas sonoras das explosões viajam pelas colunas de gás a dezenas de quilômetros por segundo. O som, gravado pelos cientistas, perde força em menos de uma hora e se dissipa.
Youra Taroyan, que trabalha com Fay-Siebenbuergen no centro de pesquisas, disse que as colunas de plasma "podem ter até 100 milhões de quilômetros de altura".
Os cientistas não sabem explicar por que a temperatura da coroa solar é até 300 vezes maior do que na superfície da estrela.
Fay-Siebenbuergen disse que o estudo de como o plasma se aquece poderia acelerar o desenvolvimento da tecnologia de fusão nuclear em escala industrial.