Helicópteros franceses voltaram hoje (11) a atacar a residência oficial do presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, na capital, Abidjan. Os ataques ocorrem horas depois de as forças das Nações Unidas e a França bombardearem a residência de Gbagbo. O atual presidente resiste a abrir mão do poder e transmitir o cargo ao eleito, Alassane Ouattara.
Moradores de Abidjan relataram que houve explosões e combates no centro da cidade, no bairro de Plateau, onde fica o palácio presidencial. Apesar dos ataques, Gbagbo continua refugiado na sua residência e se recusa a se render.
O líder dos Jovens Patriotas, Blé Goudé, disse que a residência de Gbagbo ficou "parcialmente destruída" depois dos últimos ataques. Admirador do atual presidente, Goudé criticou as ações das Nações Unidas e da França. "É um intervencionismo o racismo invasor da França que denunciamos. Não há armas pesadas na residência", disse.
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A crise na região começou há mais de quatro meses, logo depois das eleições presidenciais de 28 de novembro, quando o candidato da oposição foi reconhecido como presidente eleito.
De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), os combates estão mais violentos em Abidjan. Pelos dados do órgão, nos últimos dias, aproximadamente 2 mil pessoas da Costa do Marfim deixaram o país rumo a Gana – já são 7,2 mil refugiados na região. Além disso, 2,3 mil optaram pelo Togo como abrigo. (As informações são da Agência Lusa)