O relator e o presidente em exercício da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo defendem que sejam tornadas públicas as gravações de diálogo entre pilotos e torre de comando, que ficaram na caixa-preta do Airbus 320 da TAM, que chocou-se com um terminal de carga da empresa. Mas os parlamentares querem que sejam mantidos em segredo os dados do computador de bordo, que também são gravados na caixa-preta.
O vice-presidente, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diz ser favorável à divulgação do material da caixa-preta que não necessita de decodificação: a voz. "Do material que exige interpretação de técnicos, devemos esperar, para que não se tire conclusões precipitadas", afirmou, em entrevista coletiva à imprensa, antes da reunião secreta da CPI que vai decidir sobre o assunto.
O relator Marco Maia (PT-RS) tem a mesma opinião de Cunha. "Os dados que são factuais e que representam a realidade não têm porque não serem divulgados. Mas os que precisam de melhor análise e que sejam contributivos para se chegar a uma melhor reflexão do que ocorreu no acidente só podem ser divulgadas a partir de análises técnicas"
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Na tarde desta terça-feira (31) a CPI fez uma sessão secreta para decidir sobre a divulgação ou não dos dados. O material será entregue aos deputados nesta quarta-feira (01), às 9 horas, pela Aeronáutica. O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes (Cenipa), brigadeiro Jorge Kersul, comprometeu-se a participar de reunião secreta, semana que vem, para explicar os dados técnicos da caixa-preta.