Relatório divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta que o crime organizado paulista movimentou cerca de R$ 63 milhões entre novembro de 2005 e julho de 2007.
O órgão é ligado ao Ministério da Fazenda e é responsável por coibir a lavagem de dinheiro e os crimes financeiros. O dinheiro foi movimentado em 686 contas, sendo que 20% delas tiveram movimentações acima de R$ 100 mil. Os outros 80%, juntos, não somam R$ 100 mil.
De acordo com o documento, grande parte dessas movimentações se relacionava individualmente a pessoas do alto comando do crime organizado e corresponde à centralização de depósitos feitos em vários locais do estado. A maior incidência, no entanto, se deu na capital e em cidades com grandes penitenciárias.
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"Detectamos movimentações de pessoas ligadas, mas teoricamente pode ser uma costureira, que pagou ou passou um cheque para alguém que estava ligado, e você estabelece uma ligação. Para isso, as autoridades têm que investigar", pondera o presidente do Coaf, Antônio Gustavo Rodrigues.
Segundo o relatório, mais de 2,6 mil pessoas foram identificadas como relacionadas ao crime organizado. Desse total, 748 geraram relatórios de inteligência financeira (RIFs) no Coaf – por terem irregularidades nas contas. Outras 252 estão em fase de pesquisa e sobre 1,6 mil, nada consta.