Os primeiros resultados de boca de urna das eleições presidenciais da Argentina confirmam a vitória esmagadora da presidente Cristina Fernández de Kirchner (Frente pela Vitória/FPV), com 55% dos votos válidos, ante 50,2% obtidos nas eleições primárias, realizadas em agosto.
As pesquisas de intenção de votos mostravam que a reeleição de Cristina estava garantida com uma margem de entre 52% a 57%. Divulgada pela emissora de TV C5N, a boca de urna indica que o segundo colocado, o socialista Hermes Binner (Frente Ampla Progressista, Partido Socialista), obteve 14% dos votos. Nas primárias, Binner foi ratificado com 10,18%. A apuração de intenção de votos para o socialista flutuava entre 11% a 15,5%.
Se o resultado foi confirmado, Cristina entraria para a história como a presidente mais votada na era democrática argentina, desde 1973, quando Juan Domingo Perón, foi eleito com 30 pontos de diferença entre o primeiro e o segundo candidato.
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"Sem dúvida a votação de Cristina é a maior diferença entre o primeiro e o segundo candidato, embora isso não é um mérito dela, mas da incapacidade da oposição para polarizar seu voto. O que é mérito dela é que teve a maior porcentagem desde 1983, quando Alfonsin obteve 52%", ponderou à Agência Estado, o analista político, Rosendo Fraga, do Centro Nueva Mayoria. A Constituição argentina determina que o candidato é eleito no primeiro turno se obtiver 45% dos votos ou 40% com uma diferença maior a 10% do segundo candidato.