O Brasil é o 40º melhor país para se viver no mundo, de acordo com um ranking encabeçado por Finlândia, Islândia e Noruega e publicado na edição de outubro da revista americana Reader's Digest (RD).
A lista foi elaborada pela publicação a partir da análise de indicadores de qualidade ambiental e de vida, com o objetivo de descobrir os melhores países em termos ambientais, mas nos quais "as pessoas possam prosperar".
O ranking também levou em conta fatores sociais, como educação e renda.
Leia mais:
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
Olimpíadas e chuvas no Sul dominaram as buscas do Google em 2024
2024 é o ano mais quente da história da humanidade, calcula observatório Copernicus
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
Os quatro primeiros lugares do ranking foram dominados por países escandinavos: Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia; seguidos por Áustria, Suíça, Irlanda, Austrália, Uruguai e Dinamarca.
Além do Uruguai, o Brasil ficou atrás de vários outros países da América Latina: Argentina (27ª), Costa Rica (34ª) e Cuba (36ª).
No entanto, o país ficou à frente do Chile (43º), do Paraguai (44º), do Peru (52º), da Colômbia (53ª), do México (63º), da Venezuela (68ª), do Equador (69º) e da Bolívia (75ª).
Melhores cidades - Os mesmos parâmetros foram aplicados pelos repórteres da Reader's Digest para a criação de um ranking de cidades.
Neste ranking, de 72 cidades, novamente, quem lidera são os países nórdicos, mas a Alemanha tem o maior número de cidades entre as dez melhores.
Estocolmo (Suécia) e Oslo (Noruega), lideram a lista, seguidos por Munique (Alemanha), Paris (França), Frankfurt e Stuttgart (Alemanha), Lyon (França), Düsseldorf (Alemanha), Nantes (França) e Copenhague (Dinamarca).
Na lista das cidades, o Brasil entra em 54º, com Curitiba. São Paulo é a única outra cidade brasileira a entrar no ranking, entre os dez últimos, no 62º lugar.
A reportagem da revista americana também chegou a cinco conclusões, depois de analisar os dados de cada país e cidade:
1. É sempre possível ser "mais verde"
Como exemplo, a Reader's Digest cita os líderes da Finlândia, que embora tenham excelentes indicadores para qualidade de ar e d'água, além de baixa mortalidade infantil e baixos riscos de poluição e desastres naturais, produz gases do efeito estufa acima da média, além de apresentar um alto consumo de água e um uso intensivo do solo pela indústria madeireira.
2. Não se pode deixar de pensar no futuro
Neste quesito, a Reader's Digest cita os Estados Unidos (em 23º no ranking), que por um lado tratam a qualidade da água dos seus rios, por outro, produzem cinco vezes mais dióxido de carbono por pessoa do que a média mundial, e seguem na tendência de aumento.
3. Proteja as florestas e as árvores
Como a população dos países desenvolvidos tende a se concentrar em cidades, a poluição também se concentra nestas áreas. Daí a importância de "cinturões verdes" ao redor das cidades para diminuir o impacto ambiental dessa poluição no país.
A reportagem da Reader's Digest cita como exemplo disso o Canadá, que apresenta bons indicadores de qualidade de água e ar, embora produza muita poluição em cidades como Montreal.
4. Administrar o progresso em benefício de todos
O exemplo neste item é a Noruega, em que praticamente todas as crianças completam o nível secundário, o que leva a uma consciência maior sobre questões ambientais e de cidadania, de acordo com a reportagem.
5. Mudar enquanto é tempo
O impacto da China (em 84º no ranking) sobre o meio ambiente mundial pode ser catastrófico, caso o país siga o exemplo dos Estados Unidos.
A revista afirma que se os chineses tivessem o mesmo número de carros por pessoa que os americanos, um bilhão de carros chegariam às ruas, o que se traduziria em um consumo de gasolina equivalente à metade do consumo mundial.