Duas novas espécies de macaco da Amazônia brasileira acabam de ser descritas pelos primatologistas Marc van Roosmalen, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), seu filho Tomas van Roosmalen e Russell Mittermeier, presidente da Conservation International (CI) e do Grupo Especialista em Primatas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). A notícia foi divulgada ontem, em Washington, nos EUA.
Com estas duas, o Brasil agora tem 95 espécies de primatas, o que coloca o País em primeiro lugar em biodiversidade de primatas.
As duas espécies são do gênero vulgarmente conhecido como macaco sauá, animais de hábitos diurnos, que vivem nas copas altas das árvores, pesam cerca de 1 a 1,5 kg e têm uma longa cauda, que não é prênsil, ou seja, não é utilizada para segurá-los, quando se dependuram. Uma das novas espécies foi batizada com o nome Callicebus bernhardi, em homenagem ao príncipe Bernhard, dos Países Baixos, responsável pela criação da Ordem da Arca Dourada, prêmio internacional que incentiva ações de conservação da biodiversidade.