Confrontos entre manifestantes e policiais na cidade boliviana de El Alto deixaram cinco mortos e pelo menos 50 feridos neste domingo, no momento em que cresce a crise social e o movimento popular exigindo a renúncia do presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, segundo fontes humanitárias.
Unidades médicas de auxílio eram pedidas com insistência no local, onde teriam sido registrados mais de 50 feridos à bala, segundo Sacha Llorenti, porta-voz da Assembléia Permanente dos Direitos Humanos (APDHB).
Os corpos baleados de Carmelo Mamani, 45 anos, Vidal Pinto, 23 anos, e Efraín Mita, 22 anos, foram encontrados na zona de Senkata, em El Alto, na região da distribuidora de combustíveis, que está cercada por um importante esquema militar, revelou o padre Mateo Chino.
A sede da APDHB em El Alto também notificou a existência de um outro corpo não identificado num posto de saúde. Na zona de Ballivián, os militares atiraram e mataram acidentalmente o pedestre José Miguel Pérez.
Os confrontos entre manifestantes e policiais em El Alto estão crescendo em vários lugares da cidade. A Cruz Vermelha boliviana realizou um apelo desesperado por gasolina, diante da impossibilidade de socorrer o crescente número de feridos em El Alto. David Gonzáles, responsável pelo departamento de Socorro da Cruz Vermelha, pediu à população de La Paz que ceda ''alguma gasolina para ajudar esta gente''.
A região da La Paz enfrenta uma séria escassez de combustíveis porque os caminhões tanques não podem sair da distribuidora de El Alto, isolada pelos manifestantes apesar do forte esquema militar em torno da unidade. ''Que alguém nos forneça alguma gasolina para as ambulâncias porque estamos prontos para socorrer (as vítimas em El Alto), mas não temos combustível''.
O número total de mortos durante os cinco dias de manifestações em El Alto chega a 10, dois dos quais abatidos na quinta-feira em Ventilla, perto de Senkata, e outros três na véspera. El Alto tem cerca de 500 mil habitantes, a maioria camponeses pobres e desempregados.
Em La Paz, os principais líderes sindicais bolivianos se declararam hoje na clandestinidade, após o governo denunciar uma tentativa de golpe da oposição. Roberto de la Cruz, líder da Central Operária Departamental de El Alto, denunciou a perseguição ''da inteligência'' estatal e se declarou na clandestinidade. ''Sai da minha residência. Há uma ordem do governo para nossa execução, para matar Jaime Solares (líder da Central Operária Boliviana, COB), Felipe Quispe chefe dos camponeses aimaras) e Evo Morales (líder da oposição no Congresso e dos plantadores de coca), que lideram o movimento para derrubar Sánchez de Lozada'', denunciou De la Cruz.
Unidades médicas de auxílio eram pedidas com insistência no local, onde teriam sido registrados mais de 50 feridos à bala, segundo Sacha Llorenti, porta-voz da Assembléia Permanente dos Direitos Humanos (APDHB).
Os corpos baleados de Carmelo Mamani, 45 anos, Vidal Pinto, 23 anos, e Efraín Mita, 22 anos, foram encontrados na zona de Senkata, em El Alto, na região da distribuidora de combustíveis, que está cercada por um importante esquema militar, revelou o padre Mateo Chino.
A sede da APDHB em El Alto também notificou a existência de um outro corpo não identificado num posto de saúde. Na zona de Ballivián, os militares atiraram e mataram acidentalmente o pedestre José Miguel Pérez.
Os confrontos entre manifestantes e policiais em El Alto estão crescendo em vários lugares da cidade. A Cruz Vermelha boliviana realizou um apelo desesperado por gasolina, diante da impossibilidade de socorrer o crescente número de feridos em El Alto. David Gonzáles, responsável pelo departamento de Socorro da Cruz Vermelha, pediu à população de La Paz que ceda ''alguma gasolina para ajudar esta gente''.
A região da La Paz enfrenta uma séria escassez de combustíveis porque os caminhões tanques não podem sair da distribuidora de El Alto, isolada pelos manifestantes apesar do forte esquema militar em torno da unidade. ''Que alguém nos forneça alguma gasolina para as ambulâncias porque estamos prontos para socorrer (as vítimas em El Alto), mas não temos combustível''.
O número total de mortos durante os cinco dias de manifestações em El Alto chega a 10, dois dos quais abatidos na quinta-feira em Ventilla, perto de Senkata, e outros três na véspera. El Alto tem cerca de 500 mil habitantes, a maioria camponeses pobres e desempregados.
Em La Paz, os principais líderes sindicais bolivianos se declararam hoje na clandestinidade, após o governo denunciar uma tentativa de golpe da oposição. Roberto de la Cruz, líder da Central Operária Departamental de El Alto, denunciou a perseguição ''da inteligência'' estatal e se declarou na clandestinidade. ''Sai da minha residência. Há uma ordem do governo para nossa execução, para matar Jaime Solares (líder da Central Operária Boliviana, COB), Felipe Quispe chefe dos camponeses aimaras) e Evo Morales (líder da oposição no Congresso e dos plantadores de coca), que lideram o movimento para derrubar Sánchez de Lozada'', denunciou De la Cruz.