A polícia espanhola prendeu nesta quarta-feira (07) uma quadrilha de 12 brasileiros acusados de falsificação de documentos. Os suspeitos fabricavam carteiras de identidade e passaportes portugueses, italianos e espanhóis que eram vendidos a imigrantes brasileiros em toda a Europa.
Em três meses, os bandidos teriam lucrado pelo menos 60 mil euros (cerca de R$ 156 mil), segundo as estimativas da Unidade contra Redes de Imigração e Falsificação da polícia (UCRIF).
De acordo com as investigações, a quadrilha aliciava imigrantes em lugares públicos para oferecer documentos falsos, utilizando outros brasileiros como intermediários.
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Com os serviços da quadrilha, um brasileiro poderia se legalizar na Espanha ao pagar cerca de R$ 1,6 mil por uma carteira de identidade européia, que era o documento mais barato da lista.
Por um passaporte falso, os falsários cobravam R$ 9,1 mil.
Operação simultânea - A quadrilha estava organizada na cidade de Valência (nordeste do país) e era comandada a partir da casa do casal Rodrigo M.P., de 27 anos, e Creusimar P.C., de 26 anos, ambos de São Paulo.
O casal levantou as suspeitas de um vendedor de material de informática, que deu uma pista aos policiais.
Segundo revelou uma fonte da polícia, Rodrigo comprava produtos caros com freqüência e há poucas semanas havia dado um sinal de R$ 4 mil para comprar uma impressora de alta definição no valor de R$ 19 mil.
Apesar de ter a base em Valência, a quadrilha operava também em Madri, Barcelona, Alicante, Castellón e Málaga, onde foram feitas as prisões.
Nas apreensões feitas de forma simultânea em todas as cidades, a polícia apreendeu mais de 50 objetos, entre os quais carimbos aduaneiros de entrada e saída dos aeroportos de Madri, Barcelona e Malpensa, em Milão, na Itália.
A polícia ainda encontrou carimbos que dão acesso livre ao Espaço Schengen, que compreende 15 países da União Européia.
A polícia ainda encontrou recibos de envios de dinheiro ao Brasil, 14 documentos já falsificados e 100 fotografias preparadas para futuras falsificações.
Se condenados, os acusados poderão pegar pelo menos seis anos de prisão pelos crimes de falsificação e promoção de imigração ilegal.