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Em carta, padres anglicanos gays admitem ser casados

Agência Ansa
06 set 2016 às 20:01

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Pouco tempo depois que o bispo de Grantham na Inglaterra, Nicholas Chamberlein, revelou que é gay e que está em uma relação amorosa com uma pessoa do mesmo sexo, outros 14 padres da Igreja Anglicana que também estão na mesma situação escreveram uma carta pedindo a "total inclusão" de religiosos LGBTI na Igreja.

A carta foi assinada tanto por padres e bispos que já haviam comentado sobre a sua orientação sexual como também por religiosos que compartilharam pela primeira vez informações sobre seu casamento com pessoas do mesmo sexo.

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Em relação aos 14 escritores do documento, oito deles assinaram abertamente seus nomes enquanto outros seis esconderam sua identidade, para proteger a si e a seus companheiros, mas apoiaram à causa. Além disso, mais oito membros leigos da igreja que são da comunidade LGBTI e que estão casados também colocaram seus nomes na carta.

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Casar com uma pessoa do mesmo sexo é algo proibido dentro das leis da Igreja Anglicana. Namoros homossexuais só são permitidos em alguns casos se não houver relações sexuais entre o casal.

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Por isso, na carta, os autores afirmam que entendem "completamente que o momento para uma mudança na percepção oficial de casamento que a igreja tem pode não ser certo ainda".


No entanto, também dizem que várias pessoas que frequentam as "paróquias já fizeram essa mudança e é hora de respeitar que agora existe uma diversidade na teologia dentro da Igreja e que há mais de um entendimento do que um cristão fiel pode acreditar sobre o assunto".

"Nós sempre iremos querer uma inclusão total da comunidade LGBTI na igreja e continuaremos a trabalhar para esse fim. Esperamos um 'primeiro passo' acolhedor neste processo e um distanciamento dos danos e das feridas que foram feitas tão frequentemente em nome da Igreja", explica a carta que será entregue a alguns bispos em uma reunião na próxima semana.


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