O ex-presidente Carlos Menem negou nesta terça-feira rumores de que poderia não participar do segundo turno da eleição presidencial argentina, no dia 18.
Os menemistas também fizeram duras críticas ao governo brasileiro. Pablo Rojo, um dos principais economistas da equipe de Menem, disse que uma proposta brasileira de criar linhas de financiamento às exportações de empresas argentinas para o Brasil, por intermédio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), "é política".
Rojo deu a entender que o anúncio pode ser uma ação do Planalto em favor de Néstor Kirchner, adversário de Menem no segundo turno. Candidato que conta com a simpatia de Luiz Inácio Lula da Silva, Kirchner almoçará com o presidente brasileiro amanhã em Brasília
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Os rumores de que Menem desistiria de sua candidatura surgiram na noite de segunda-feira, quando os menemistas ameaçaram apresentar à Justiça denúncias de fraude no primeiro turno.
A polêmica se intensificou depois que Adolfo Rodríguez Saá, que ficou em quinto lugar no primeiro turno, declarou que Menem deveria sair da disputa.
O candidato a vice de Menem, Juan Carlos Romero, chegou a falar sobre uma "campanha psicológica" que estaria sendo iniciado pelo governo do presidente Eduardo Duhalde, que apóia Kirchner, para prejudicar a campanha menemista. Menem afirmou que os rumores de renúncia são uma estratégia do governo para desestabilizar a sua candidatura. "Essas versões são uma loucura. Como vou desistir se me mantenho em campanha?", disse.
Duhalde respondeu aos ataques: "Menem pode abandonar a disputa ou perder por nocaute". Duhalde disse ainda que as denúncias apresentadas por Menem "não são sérias" e que acha estranho o fato de o ex-presidente, "que teve o maior número de votos no primeiro turno", seja o autor da denúncia.