As maiores entidades de trabalhadores do setor público da Argentina, com o apoio de sindicatos e organizações sociais, começaram nesta quarta-feira (24) uma greve de alcance nacional e uma jornada de protestos. Os manifestantes fizeram uma passeata até a Casa Rosada, sede do governo.
O motivo da greve é a demissão em massa de funcionários estatais desde o início do governo do presidente Mauricio Macri, que já pôs na rua mais de 26 mil trabalhadores do setor público federal, provincial (estados) e municipal.
Entidades como a Central Sindical dos Trabalhadores Argentinos (CTA) e a Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) criticam as demissões e pedem "a imediata reincorporação" dos funcionários. A marcha também reivindica o fim do imposto de renda sobre os salários, entre outras demandas.
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Os grevistas também criticam o novo protocolo de segurança estabelecido por Macri, que proíbe os bloqueios viários, um dos principais métodos de mobilização dos sindicalistas argentinos. Segundo as entidades, o protocolo criminaliza os protestos no país.
O secretário-geral da CTA de Buenos Aires, Roberto Baradel, disse que as diretrizes da paralisação desta quarta-feira são claras: não às demissões, pela reincorporação de funcionários e rejeição a medidas de "abertura indiscriminada de importações", que prejudicam pequenas e médias empresas do país. A paralisação atinge hospitais públicos, universidades e o Poder Judiciário.
O secretário-geral da CTA Autônoma, Pablo Micheli, pediu a "revogação da Lei Antiterrorismo [novo protocolo de segurança de Macri]" e melhora nos salários e condições de trabalho.
O secretário-geral da CTA nacional, Hugo Yasky, disse que as entidades apoiarão a greve geral dos funcionários estatais e que, se o governo Macri não reverter as medidas, "o conflito se aprofundará".