O governo do Equador rompeu nesta segunda-feira (3) relações diplomáticas com a Colômbia. Segundo comunicado publicado no site da Presidência da República equatoriana, a ação se deu "tão logo" o país descobriu "a realidade dos feitos que ocorreram na província de Sucumbíos, quando morreram vários integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)".
Segundo o comunicado, "durante a verificação dos feitos", o Exército equatoriano localizou uma tropa colombiana, "a mesma que afirmou que estava rodeada por 200 elementos das Farc".
"Eu dei imediatamente a ordem de que essa tropa fosse protegida por todos os meios, se é que havia um ataque das Farc. Depois verificamos que tudo era falso, que era uma tropa que havia participado do massacre e que estava ganhando tempo para poder regressar a seu país", disse no site o presidente do Equador, Rafael Correa.
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"Quando nossos soldados chegaram ao local dos acontecimentos, nos demos conta de que havia sido a quase dois quilômetros em território equatoriano. E não é um lugar onde há um paralelo, uma linha geodésica, mas um acidente geográfico como é o rio Putumayo, localizado em nosso território", acrescenta Correa.
"Quer dizer, sabiam claramente que era nosso território. Tampouco foi algo imprevisto, porque há alguns dias seguiam Reyes [Raúl Reyes, porta-voz internacional das Farc, morto no último sábado (1º)] via satélite, de tal forma que sabiam perfeitamente que esse era território equatoriano".
O presidente afirmou que, apesar dos acontecimentos anteriores na Colômbia, o Equador buscou manter sempre uma boa relação com o vizinho.
"Havia melhorado muito o fluxo de comunicação entre o presidente Uribe [presidente da Colômbia, Alvaro Uribe] e este que vos fala. Não apenas isso, a Colômbia nos procurava, nos telefonava pelo menos uma vez por semana. E até a sexta-feira [29 de fevereiro] falávamos com Uribe".
Segundo Correa, "hoje se revela a mentira". "Tratam de nos envolver com as Farc, supostamente por documentos sem assinatura que encontraram em três computadores que capturaram no acampamento".