Cientistas britânicos descobriram a garra fossilizada de um imenso escorpião primitivo do mar. O animal teria sido bem maior que um ser humano, com cerca de 2,5 metros de comprimento.
O achado, em rochas de 390 milhões de anos, sugere que aranhas, insetos, caranguejos e animais semelhantes teriam sido muito maiores no passado do que se imaginava. O estudo foi publicado na edição desta quarta-feira (21) da revista Biology Letters, publicada pela Royal Society.
A garra foi descoberta pela equipe liderada por Markus Poschmann, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Bristol (Inglaterra), em uma pedreira na região de Prüm, na Alemanha.
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O cientista contou que estava soltando pedaços de pedra com um martelo e talhadeira quando percebeu que havia uma marca escura de matéria orgânica em uma laje que acabara de ser removida.
"Depois de limpa, pudemos identificar o objeto como uma pequena parte de uma imensa garra. Embora não soubéssemos se era mais completo, decidimos tentar extraí-la. Os pedaços tiveram que ser limpos separadamente, secos e colados juntos novamente. Eles foram então colocados numa moldura de reboco para estabilização", disse.
A garra é de um escorpião do mar (Jaekelopterus rhenaniae), que viveu entre 460 milhões e 225 milhões de anos atrás. Ela tem 46 centímetros, indicando que o animal ao qual pertenceu deveria ter cerca de 2,5 metros de comprimento.
Os pesquisadores estimam que a espécie encontrada teria teria sido de ancestrais aquáticos extintos dos escorpiões e, provavelmente, também dos aracnídeos.
Alguns geólogos acham que o artrópode gigante se desenvolveu graças a altos níveis de oxigênio na atmosfera no passado. "Não há uma explicação simples. É mais provável que alguns desses artrópodes primitivos fossem grandes porque havia pouca competição dos vertebrados", disse Poschmann.