Uma grande reportagem publicada neste sábado (28) pelo diário britânico The Guardian relata os problemas de poluição enfrentados pelas praias e canais na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.
"Ao lado das fétidas margens do canal do Cunha, no Rio, é difícil acreditar que 30 anos atrás esse era um caminho feito por golfinhos, e que há dois séculos a família real portuguesa nadava ali, cercada por intocadas faixas de areia", afirma a reportagem.
O jornal observa, porém, que hoje o que é possível ver por lá são coisas como "uma carcaça de um Fusca abandonado em meio à lama preta" e que "o ar é permeado com o cheiro ácido de esgoto que flui a partir do Complexo da Maré, uma grande favela não muito longe do aeroporto internacional".
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"O canal é um dos afluentes da Baía de Guanabara, ponto principal de uma das cidades naturalmente mais belas do mundo", afirma o jornal, lembrando que o problema afeta também as praias nas áreas mais ricas da cidade.
A reportagem relata que o novo secretário do meio ambiente do Rio, o ambientalista Carlos Minc, anunciou um plano de R$ 140 milhões para limpar as praias e lagos do Rio.
Segundo o jornal, os ambientalistas elogiaram o plano do governo do Rio, mas advertem que "200 anos de poluição não podem ser revertidos em quatro anos de governo".