Perto de mil e quinhentos paraguaios entraram em choque ontem com a polícia em Ciudad del Este, fronteira com Foz do Iguaçu, durante o protesto para exigir a renúncia do presidente Luis González Macchi, acusado de corrupção e propagar mazelas sociais. Pelo menos 50 pessoas ficaram feridas, entre eles duas crianças. Outras 25 foram presas.
Acuado, o governo decretou Estado de Exceção (Sítio) por cinco dias. A medida restringe os direitos civis, proibindo a realização de reuniões públicas ou protestos. E aumenta os poderes das Forças Armadas, que agora podem prender sem mandado judicial ou flagrante delito.
Também aconteceram manifestos e bloqueios de rodovias em várias regiões do departamento (estado) de Alto Paraná, e em outros quatro estados, como Concepción, Caaguazú e Encarnación onde é grande o número de campesinos. Os sem-terra paraguaios exigem o retorno do ex-general Lino Cesar Oviedo, atualmente refugiado no Brasil. Em Assunção, houve protesto em frente ao Congresso Nacional.
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Os dois principais hospitais de Ciudad del Este lotaram e racionaram medicamentos. A Ponte da Amizade foi liberada no fim da tarde. Perto das 18 horas, chegou reforço de 100 militares. O clima era tenso até à noite e existia possibilidade de novos conflitos.
Leia a reportagem completa na Folha de Londrina desta terça-feira.