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Meio ambiente

EUA abrem inquérito criminal sobre vazamento de petróleo

BBC Brasil
01 jun 2010 às 23:33

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O governo dos Estados Unidos ordenou nesta terça-feira a abertura de um inquérito civil e criminal sobre o vazamento de petróleo provocado em abril por uma explosão em uma plataforma da empresa petrolífera BP no Golfo do México.

O secretário de Justiça americano, Eric Holder, afirmou que qualquer um que comprovadamente tiver violado as leis do país no episódio será indiciado.

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"Vamos examinar de perto as ações dos envolvidos no vazamento", disse Holder. "Se encontrarmos prova de comportamento ilegal, vamos ser extremamente rigorosos em nossa resposta."

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Em sua primeira visita à região atingida, o chefe do Departamento de Justiça americano acrescentou ainda que as empresas envolvidas já receberam a ordem de preservar os registros sobre suas operações.

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Horas antes do anúncio da abertura dos novos inquéritos, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que é preciso realizar uma avaliação ampla sobre como a indústria do petróleo opera no país e como as agências do governo americano supervisionam essas operações.


Obama descreveu o vazamento como "o maior desastre ambiental deste tipo" nos Estados Unidos e reforçou a promessa do governo americano de que os responsáveis serão punidos.

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Nova tentativa


Em meio ao anúncio da nova investigação pelo governo americano, a BP anunciou nesta terça-feira que deu início a uma nova tentativa para controlar o vazamento, que despejou milhões de litros de petróleo no Golfo do México.

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De acordo com o chefe de operações da empresa, Doug Suttles, a expectativa é de que o vazamento seja contido dentro de 24 horas.


A nova operação da BP, lançada nesta terça-feira, utiliza robôs submarinos com o objetivo de cortar o oleoduto danificado e instalar uma cápsula de contenção para desviar o petróleo do vazamento para um lugar apropriado na superfície.

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"Se tudo der certo, dentro das próximas 24 horas, podemos ter isso contido", afirmou Suttles.


Em seguida, o funcionário da BP preferiu manter a cautela e disse que o sucesso da operação não está garantido, lembrando que tudo está sendo feito "a mais de 1,5 mil metros debaixo d'água, e coisas muito pequenas levam um tempo longo para ser consertadas".

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A empresa já gastou mais de US$ 940 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão) nas tentativas de conter o vazamento - até agora, todas elas fracassaram.


Previsão do tempo

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Ao mesmo tempo em que a BP tenta conter o vazamento, a agência americana que monitora a atividade oceânica e atmosférica - a NOAA - alertou que a previsão de fortes ventos nesta semana pode mover a mancha de petróleo da costa do Estado da Louisiana para o Mississippi e o Alabama.


A terça-feira marcou também o início da temporada de furacões na região - a NOAA prevê que até 14 furacões sejam registrados e que entre três e sete deles sejam tempestades intensas, com ventos de mais de 170 km/h.


O vazamento na plataforma da BP já despejou mais de 76 milhões de litros de petróleo no Golfo do México e atingiu uma faixa de mais de 110 quilômetros da costa da Louisiana.


A explosão que deu início ao vazamento na plataforma Deepwater Horizon deixou 11 mortos.

O episódio colocou o governo Obama sob grande pressão para evitar danos ainda maiores ao meio ambiente e um impacto econômico ainda mais grave na região.


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