A família do estudante sul-coreano Cho Seung-hui, que na última segunda-feira matou 32 pessoas em uma universidade no Estado americano da Virgínia e depois se suicidou, diz estar "vivendo um pesadelo".
Na primeira declaração pública da família desde o massacre na Virginia Tech University. Familiares de Cho falaram nesta sexta-feira (20) sobre o choque e a dor diante do "ato horrível e sem sentido" cometido pelo estudante de 23 anos, que se mudou para os Estados Unidos com a família em 1992.
"Nossa família sente tanto pelos atos execráveis de meu irmão. É uma tragédia terrível para todos nós", disse a irmã do estudante, Cho Sun-Kyung, em um comunicado.
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Em nome da família, Cho Sun-Kyung, que é diplomada pela Universidade de Princeton e trabalha para o Departamento de Estado americano, expressou pesar pelas famílias e amigos das vítimas de seu irmão.
"Nós rezamos por suas famílias e amigos, que estão vivendo uma dor tão excruciante. E nós rezamos também por aqueles que foram feridos e por aqueles que tiveram suas vidas modificadas para sempre por causa do que viram e viveram. Cada uma dessas pessoas tinha tanto amor e talento, tanto a oferecer, e suas vidas foram abreviadas por um ato horrível e sem sentido", disse.
Cho Sun-Kyung disse que a família se sentiu impotente, perdida e chocada com os atos de seu irmão. "Nós jamais poderíamos ter imaginado que ele fosse capaz de tanta violência", disse a irmã.
Investigação
O massacre de segunda-feira é considerado o pior envolvendo armas de fogo na história moderna dos Estados Unidos.
Uma comissão independente, formada por seis membros, irá examinar a reação das autoridades ao massacre.
A investigação vai ocorrer em meio a críticas de que sinais de alerta a respeito de Cho foram ignorados. O estudante esteve internado em uma clínica para doentes mentais no final de 2005. A polícia disse que está fazendo "grande progresso" nas investigações.
Nesta sexta-feira, o Estado da Virgínia realizou um dia de luto oficial pelas vítimas. Também foram realizadas vigílias em todo o país.
A homenagem coincide com o oitavo aniversário de outro massacre, na escola secundária de Columbine, no Colorado, no qual 15 pessoas morreram.