O fazendeiro Gilberto Andrade foi condenado a pagar a primeira indenização por dano moral por manter trabalhadores em condições de trabalho escravo. Por decisão da juíza da Terceira Vara da capital maranhense, Maria da Conceição Meirelles, o fazendeiro foi condenado a pagar indenização de R$ 5 mil a cada um dos 28 empregados e ex-empregados.
A juíza julgou procedente a ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho contra o fazendeiro. Além da documentação e fotos apresentados no MPT, Gilberto Andrade confessou, em depoimento, uso do trabalho escravo há 31 anos em suas fazendas com a contratação de pessoal feita por intermediário, identificado como "gato".
O fazendeiro Gilberto Andrade, que atualmente reside no município de Paragominas (PA), foi considerado pelo Ministério Público do Trabalho como reincidente no uso de trabalhadores em condições de semi-escravidão. A condenação decorre de três fiscalizações realizadas em suas seis fazendas, no Maranhão e no Pará, no período de 1989 e 1999.
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Gilberto Andrade ainda responde ações penais por denúncias de espancamentos e assassinatos de trabalhadores. Em 1998 foram resgatados de uma das fazendas, oito trabalhadores, e no ano seguinte, mais 20. Auditores fiscais, policiais federais e a gerência de Segurança Pública localizaram em uma das propriedades três cadáveres que foram exumados e periciados.
Informações Agência Brasil