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Julgamento

Fazendeiro nega participação no caso Dorothy Stang

Redação Bonde
14 mai 2007 às 20:34

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O julgamento do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, começou nesta segunda-feira e deve durar cerca de dois dias. O assassinato ficou marcado como exemplo da luta de movimentos sociais e pequenos trabalhadores rurais pela reforma agrária e contra a grilagem na Amazônia.

De acordo com o informações divulgadas pelo site do Tribunal de Justiça do Pará, em interrogatório, Vitalmiro Bastos de Moura negou qualquer participação na morte da missionária. O fazendeiro que foi preso em abril de 2005, teve sua prisão preventiva decretada poucos dias após o crime. Ele afirmou também que não deu ordem para assassinarem Dorothy Stang.

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Caravanas - Uma manifestação organizada pelo Comitê Dorothy para chamar a atenção das autoridades para a impunidade, conta com oito caravanas que vieram do interior do estado e cerca de 600 pessoas que participam do movimento em frente ao Tribunal de Justiça do Pará.

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A coordenadora do Comitê, Luíza Virgínia Oliveira Moraes, explicou que a manifestação é para pressionar e sensibilizar os membros do Tribunal e o corpo de jurados. Segundo Luíza, durante o julgamento desta manhã, um dos advogados de defesa de Vitalmiro acusou a irmã Dorothy de ser líder de uma quadrilha que fornecia armas para eliminar pessoas, "numa tentativa de criminalizar a vítima para comover os jurados".


A coordenadora destaca o sentimento que existe entre as pessoas que estão em frente ao tribunal ou que acompanham o julgamento: "A gente percebe um misto de indignação e de euforia. Você sente neles aquele desejo de ver a irmã Dorothy tendo justiça, mas ou mesmo tempo há aquele sentimento de comoção, tristeza e indignação".

Luíza Virgínia disse que estamos vivendo um momento muito delicado, pelo que vem sendo constatado através dos relatórios dos cientistas sobre a questão ambiental, em que o futuro do nosso planeta está sendo ameaçado. "Nós brasileiros, nós amazônicos, precisamos tomar consciência de que Dorothy e outras lideranças que tombaram estavam lutando por todos nós, que vivemos em áreas urbanas e nesse grande país, assim como as outras pessoas que vivem nesse planeta". (ABr)


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