O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou neste sábado (19), o início da intervenção militar na Líbia para a imposição de uma zona de exclusão aérea e medidas para proteger a população civil dos ataques do ditador Muamar Kadafi. A ação foi aprovada na quinta-feira à noite pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"Nossos aviões já estão impedindo ataques aéreos em Benghazi", disse Sarkozy. Segundo o presidente francês, as primeiras ações serão executadas por França, Reino Unido, EUA, Canadá e países árabes.
Sarkozy acusou Kadafi de desdenhar os ultimatos internacionais e prometeu agir para conter o que chamou de 'loucura assassina' na Líbia. "Nosso dever é apoiar os povos árabes. Nossa determinação é total", disse.
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Ultimato
Na sexta, o governo líbio declarou um cessar-fogo e convidou observadores internacionais para verificá-lo. Os rebeldes, no entanto, denunciaram que os ataques continuam. O presidente americano, Barack Obama, foi à público e deu um ultimato a Kadafi.
Ele exigiu que o cessar-fogo fosse completo e imediato e ordenou o fim de todos os ataques contra os rebeldes que lutam pela queda de Kadafi. O americano mandou Kadafi se retirar de Benghazi, Misrata, Ajdabiya, Az-Zawyia e reestabelecer fornecimento de gás, e petróleo em todas as áreas do país.
"Esses termos não são negociáveis. Se Kadafi não respeitar a resolução, aplicaremos seus termos por meio de uma intervenção militar", ameaçou Obama.
Ataque a Benghazi
Hoje pela manhã, tanques das forças do coronel Muamar Kadafi entraram na cidade de Benghazi, no leste da Líbia, palco de combates sustentados durante a madrugada deste sábado. Imagens mostradas pela TV Al-Jazira mostraram partes de Benghazi sob uma nuvem de fumaça. Um avião caça foi abatido neste sábado sobre a cidade de Benghazi, no leste da Líbia. Ainda não se sabe se o caça era dos rebeldes ou de forças do governo.