O procurador de Paris, François Molins, confirmou nesta quarta-feira (18) que a operação policial em Saint-Denis, subúrbio ao norte da capital francesa, buscou capturar Abdelhamid Abaooud, considerado o "cérebro" dos atentados de sexta-feira (13), mas que não foi possível confirmar se ele estava no apartamento.
Molins falou aos jornalistas em Saint-Denis, ao lado do ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, que confirmou a morte de dois supostos terroristas e a detenção de sete pessoas.
Segundo o procurador, dados do inquérito em andamento, obtidos por meio de escutas, vigilância e testemunhos, "faziam crer" que Abaooud estava no apartamento visado pelas forças especiais.
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As autoridades não puderam ainda verificar, no entanto, se Abaooud estava entre os mortos ou detidos na operação, cuja identidade está sendo verificada, explicou.
Cazeneuve e Molins estiveram em Saint-Denis no fim da operação policial mantida por cerca de sete horas.
O procurador confirmou que três pessoas foram detidas em um primeiro momento dentro do apartamento, depois mais duas que estavam "escondidas entre entulhos" e, em um terceiro momento, duas que que se encontravam nas imediações do edifício, possivelmente o dono do apartamento e "um conhecido".
Os mortos são "uma mulher jovem", que acionou explosivos que levava no corpo, e outro suposto terrorista, atingido a tiro pela polícia.
O ministro disse que participaram da operação 110 agentes das unidades policiais de elite Raid e BRI, alvos de disparos durante várias horas.
Cazeneuve agradeceu aos policiais por terem "suportado o fogo em condições nunca encontradas até agora" e destacou "o sangue frio dos habitantes de Saint-Denis, que respeitaram as instruções e contribuíram para o êxito da operação".