A Procuradoria da República do Distrito Federal (PR-DF), órgão do Ministério Público, instaurou um processo para investigar se a ministra Matilde Ribeiro, titular da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), cometeu crime de incitação ao racismo ao dizer, em entrevista à BBC Brasil, que "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco".
O processo surgiu a partir da representação do Codhes (Instituto de Cooperação para o Desenvolvimento Humano e Social), pedindo à Procuradoria-Geral da República que a ministra explicasse o que quis dizer com a afirmação.
A Codhes é uma ONG com projetos de inclusão social em comunidades carentes, voltados para crianças, mulheres e negros.
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O PGR analisou o caso e, no fim do mês, o remeteu ao PR-DF, onde ficou a cargo da procuradora Lívia Nascimento Tinôco, procuradora-chefe substituta do órgão.
De acordo com a assessoria de imprensa do PR-DF, o caso foi transferido porque a ministra não tem foro privilegiado, já que ela é titular de uma secretaria especial, vinculada à Presidência. O procurador-geral só investiga casos relacionados ao presidente da República e ministros.
A procuradora não quis dar entrevista. Disse que ainda não analisou o caso porque ainda não viu o teor das declarações da ministra.
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