Pelo menos 77 crianças já morreram no Peru em conseqüência das baixas temperaturas que castigam comunidades das zonas mais altas do país.
Temperaturas abaixo de zero obrigaram as autoridades a deslocar médicos e funcionários da Defesa Civil para áreas remotas da cordilheira dos Andes.
Crianças menores de cinco anos morreram depois de terem contraído doenças respiratórias nas regiões de Cuzco, Arequipa, Puno, Junín, Apurímac, Huancavelica, Pasco e Ayacucho, todas localizadas em altas altitudes.
O ministro da Saúde, Carlos Vallejos, disse à BBC que, apesar das más notícias, as autoridades esperavam um quadro ainda pior.
Leia mais:
Em nova acusação contra Diddy, homem diz que foi drogado e estuprado em carro
Opas se preocupa com aumento de casos de dengue, oropouche e gripe aviária nas Américas
La Niña ainda pode ocorrer em 2024, mas sem força para reverter aquecimento, diz agência
Polarização é palavra do ano de 2024 para dicionário Merriam-Webster
"Hoje temos 77 mortes por pneumonia. Isso inegavelmente não é um resultado que nos dê tranqüilidade, mas a verdade é que esperávamos algo maior", afirmou Vallejos.
O ministro acrescentou que mais de 1,8 mil médicos foram deslocados para zonas rurais do país, que ficam distantes de hospitais e centros de saúde e onde foi registrado o maior número de doenças respiratórias.
Em altitudes a 3,8 mil metros acima do nível do mar, os termômetros registraram temperaturas de 20 graus centígrados negativos.
Previsão - Espera-se que o frio intenso continue até pelo menos setembro e possa atingir inclusive regiões amazônicas que, segundo as previsões, podem registrar dez graus negativos, algo incomum para zonas baixas e chuvosas.
Diante desse cenário, a expectativa é de que o número de pessoas afetadas por doenças respiratórias ultrapasse os 70 mil.