Os 30 funcionários do Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe) responsáveis pela elaboração de provas dos concursos e vestibulares começam a ser ouvidos nesta terça-feira (31). A Polícia Civil quer saber como as provas são elaboradas, embaladas e transportadas. A diretora-geral do Cespe, Romilda Macarini, deve ser ouvida até quarta-feira (1).
De acordo com o diretor de Comunicação da Polícia Civil, Miguel Lucena, os depoimentos devem esclarecer diversas dúvidas no esquema de fraudes. Um deles seria o fato de a quadrilha, em alguns concursos, só conseguir uma parte das provas e não o exame inteiro. "Vamos investigar por quê", disse Lucena.
O diretor acadêmico do Cespe, professor Mauro Rabelo, foi ouvido pela polícia e teve seu envolvimento no esquema descartado. Lucena, entretanto, disse que, se preciso, um novo depoimento será tomado. Rabelo foi acusado de participação nas fraudes por Carlimi Argenta de Oliveira, que era responsável pela ligação entre o Cespe e a quadrilha.
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No último sábado (28), ela negou o envolvimento de Rabelo e disse que acusou o professor para proteger o marido, ex-funcionário da gráfica do Cespe que também está preso.
Mais de 80 pessoas já foram presas por participarem ou se beneficiarem do esquema que garantia aprovação em concursos públicos. As investigações indicam que a quadrilha atuava em vários estados do país. O suposto chefe da quadrilha, Hélio Ortiz, que é técnico do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, se apresentou à Polícia Civil na última terça-feira (24).
A fraude consistiria de pagamentos para que candidatos tivessem nomes incluídos em listas de aprovados ou recebessem os gabaritos de provas de concursos públicos.
Informações da ABr e Folha de Londrina