Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Dia Internacional da Mulher

Fundadora do Ni Una Menos diz que luta contra violência machista leva tempo

Monica Yanakiew – Agência Brasil
08 mar 2017 às 10:36

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

As argentinas prometem fazer barulho nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. Ao meio-dia, elas farão uma pausa e sairão às ruas para apitar, bater palma e tocar tambor - ou qualquer coisa que contribua para o "ruidazo" (ruído enorme). No final da tarde, elas prometem marchar contra a violência machista que, na Argentina, mata uma mulher a cada 37 horas.

A manifestação foi convocada pelo movimento Ni Una Menos (Nem Uma a Menos), que nasceu na Argentina em 2015, depois de um assassinato que chocou o país. Chiara Paez, de 14 anos, foi morta a pauladas pelo namorado, de 16. O corpo da adolescente grávida foi encontrado na casa dos avós do rapaz, levando a Justiça a suspeitar de que ele teria cometido o crime com a ajuda dos parentes.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Dois anos mais tarde, o movimento argentino cruzou fronteiras, inspirando outros na América Latina e na Espanha, e seu slogan foi incorporado à fala de políticos.

Leia mais:

Imagem de destaque
Prestes a voltar à Casa Branca

Trump insinua candidatura para 3º mandato, o que é proibido pela Constituição

Imagem de destaque
Texto oficial

Meta climática do Brasil cita pela 1ª vez redução no uso de combustíveis fósseis

Imagem de destaque
Justin Welby

Chefe da Igreja Anglicana renuncia em meio a escândalo sobre abusador infantil

Imagem de destaque
Dono do X

Trump coroa Elon Musk com cargo em 'comissão de eficiência' de seu governo


No discurso de abertura das sessões legislativas, na última quarta-feira (1º), Macri prometeu combater a pobreza, a inflação, a corrupção, o narcotráfico – e também o feminicídio. "Todos nos unimos ao grito Ni Una Menos", disse.

Publicidade


A jornalista e escritora Marta Dillon, uma das fundadoras do movimento, diz que a violência machista não se restringe ao feminicídio: abarca toda forma de violência física, psicológica, social e econômica.


Ela conta que participava de um grupo de intelectuais que se reunia para debater questões como o direito ao aborto. Mas sucessivos casos de mulheres assassinadas e encontradas em sacos de lixo fez com que decidissem sair às ruas. A gota d’água foi a morte de Chiara Paez que, em junho de 2015, mobilizou multidões, aos gritos de "Ni Una Menos".

Publicidade


"É uma causa que unifica. Muitos são contra o aborto, mas quem vai ser contra um movimento que defende a vida das mulheres?" , pergunta Marta.


Apesar do consenso – e de milhares terem voltado às ruas em outubro passado, vestidas de luto –, a violência de gênero persiste.

"Não é algo que se pode mudar de um dia para o outro", diz Marta. "Qualquer mudança, que mexe nas estruturas, leva tempo e provoca reações. Temos que continuar a luta", acrescentou.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo