Em depoimento à CPI Mista da Exploração Sexual, o garçom Walter Mafra, de Porto Ferreira (SP), negou ter sido autor da idéia de levar menores de idade a festas promovidas por políticos e empresários.
Mafra chegou algemado na companhia de policiais federais. Ele esteve foragido por 20 dias e se entregou à Polícia na quinta-feira passada.
Segundo ele, as duas primeiras meninas levadas à chácara onde as festas são promovidas toda segunda-feira chegaram na companhia do empresário Nelson Damanda, dono de uma empresa de cerâmica.
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Mafra disse que, nas primeiras "orgias" promovidas, participavam apenas garotas maiores de 18 anos. "Até que, após um comentário irônico de que o cardápio precisava ser mudado, as meninas mais novas começaram a participar", contou. O termo "cardápio" causou indignação na relatora da CPI, deputada Maria do Rosário (PT-RS).
O inquérito policial sobre o caso já indiciou 22 pessoas que participavam de festas realizadas em ranchos às margens do Rio Mogi Guaçu. O crime foi descoberto no início do mês pelo pai de uma das adolescentes envolvidas. As apurações já resultaram na prisão de seis vereadores, dois empresários e um funcionário público da cidade.